terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Procuramos independência

Afinal, o que é a independência? Seria uma liberdade adquirida, a curto a médio ou a longo prazo..? então, o que seria essa liberdade? Até onde ela vai..onde ela começa, onde ela termina? Quando a independência é plena?! Quando saímos de casa? quando agimos e percebemos que as conseqüências das coisas q fazemos, implicarão penas sobre nós mesmos? E quando ela chega? De supetão? Ou em pequenos atos..que aos poucos irão solidificá-la?

Fala-se que uma independência só é plena, quando conquistada a financeira primeiramente.. pois mediante a esta, as outras se tornam pequenas.. ou ainda, a independência quando se alcança a “maior idade”.. ou ainda quando saímos de casa..do monitoramento severo de nossos pais.. ou quando se tem muita experiência de vida..entre outras tantas óticas.

Eu particularmente não sei, com qual delas ficar, acredito que todos passamos por todas essas fases, cada um a seu tempo, mas passamos é inevitável, pode ser de forma dolorosa, por imposições do destino..ou pode ser de “forma suave”..a loooongo prazo..

O problema, central de “adquirir” ou “conquistar” essa independência, pra mim está no “quando” adquiri-la, no como se “fazer compreender” pelos que te rodeiam. Fazê-los entender, que você tem capacidade para realizar tal ato..que vc está ciente das conseqüências que o mesmo lhe implicará, e melhor que vc tem discernimento, de por em prática tudo aquilo que ouve e vê o tempo todo. Citarei uma experiência própria, para ilustrar o que pretendo dizer, com estas indagações.
Este mês, passei por um puta conflito na minha vida..curto um estilo musical um tanto quanto diferente, e pouco aceito aqui em casa e na sociedade como um todo também..pois bem..desde sempre ir a shows de rock é mto complicado aqui em casa, primeiro por falta de compania, segundo por imposições dos papis..eis que recebo a notícia de que a banda de metal “Sepultura” viria tocar um som em minha cidade tipicamente “axezística” e “pagodeirística” , pouxa fiquei num frisson total!! Depois de 5 anos os caras retornam a minha cidade, lançando seu mais novo cd, e eu não podia deixar de é claro! [ressalte-se que não sou tão fanzona dos caras, mas não podia deixar de, estar presente neste momento sublime] então tinha dinheiro, mas não tinha companhia, cogitei a hipótese de ir, só..mas seria um tanto quanto chato, mas enfim eu estava a fim de ir a qualquer custo. Mal sabia eu, que o meu maior empecilho não seria nem a falta de companhia, nem a de dinheiro..e sim a de “liberdade” para efetivar meu desejo. Meus pais logo esbravejaram..de forma imponente e decisiva “Não, vai” “Desista de ver esses loucos” “isso não é coisa de gente” “olha o nome ridículo, e estranho dessa banda” “isso é som do capeta” “lá vai rolar muita droga” “não, não vai, procure outra coisa pra curtir”. Poutz isso soava como uma pedrada, cada vez que ouvia, questionava, comigo mesma, pouxa será que eu não sou madura o suficiente pra discernir o que é bom e o que não é bom pra mim?! Me senti fraca, impotente, “totalmente dependente” do conceito dos meus pais, pra poder ir ou não, aonde eu queria ir!!
Tive que ir amadurecendo a idéia, de que não iria ao show..afinal eles não cediam..pensei em me rebelar! [rs*rs*rs*] não podia aceitar tão passivamente tal decisão, não discutida..e o meu ponto de vista, onde ficava nessa história?! Pq ninguém me ouvia? Eu não tenho personalidade própria, ora bolas..[quase virei emo kkkkk, zueira] então comecei a batalhar minha “liberdade de ir” ao show, pelo lado mais maleável da força [minha mãe] sempre que dava, eu tocava no assunto.. “mas minha mãe, em que show não rola consumo de drogas?” eu não preciso delas pra entrar em “extasy”.. qual o problema do nome da banda ser este?! Estou indo atrás do som dos caras..o nome é secundário [pelo menos pra mim], será que não mereço esse voto de confiança? [ressalte-se que sou uma filha “que anda na linha” com os coroas] então..fui amaciando a fera..com meu pai não tinha diálogo, então desisti dele..continuei com a mamys.. eis que quando não tinha mais esperanças, de ir a este bendito show..uma colega de faculdade [Carol apt-get] me liga 2 dias antes do show, me perguntando se ainda queria ir ao show, pq ela tinha 2 cortesias em mãos! [caraleeoooo quando ouvi isso..eu pulei de alegriaaa!! Sem-noção meu! Essas palavras soaram como brisa nos meus ouvidos..ou melhor soaram como solos de guitarra em meus ouvidos..] eu mais, q prontamente, disse que SIM, claro que tava dentro! E como já vinha “amaciando” a mamys..dei a notícia de supetão a ela.. “mãe, arrumei uma companhia e ingresso, para ir ao show, olha q tudo! Tô colada”..ela me olhou como quem ía retrucar..mas recuou..[pra minha alegria] e disse.. “por mim não..vc é quem sabe” [caraleooo de novoo!! Eu havia conseguidoo!] mesmo que de forma “dura” e indireta eu havia conseguido, conquistar a minha “liberdade de ir ao show”..logo, chegou o domingo, eu mais que eufórica, esperava pelo grande momento..rolou o show..foi totalmente do caraleeooo!! Galera ensandecida..os caras tocando com “tesão” mesmo [por mais que os críticos dissessem pra mim, alguns dias antes que Sepultura não era mais o mesmo, eu mesmo que por uma única noite, pensava totalmente o contrário] sonzeira pesada e a galera correspondendo, enfim tudooo de boom!! Com certeza se não fosse, teria perdido um puta show!! Até hj, estou com os tímpanos “tinindo” tamanha zueira, que rolou por lá!

Enfim, essa foi minha experiência dilemática, dolorosa, pela qual passei, e me questionei, profundamente, se depois desse momento, não teria eu alcançado uma certa “independência”..uma certa “liberdade”.. e a partir deste episódio, amadureço e perpetuo a idéia de que a nossa independência, não é fruto de algo imediato..e sim de pequenas batalhas..postas no nosso dia-a-dia..e que precisamos, de muita força, coragem, determinação, persuasão e principalmente “DIÁLOGO” para conquistar, o outro.

PS: de aperitivo, algumas fotos do show!! ["tomadas emprestado" de outros álbuns de orkut é claro :p]
\m/

[chamada nos outdoors]

[Plano de fundo do show]
[Set list ]
[shoowwww!!]

[Andréas Kisser!]
[again]

[Derick Green]
[Andréas again.. :)]

[e olha ele de novo!]

[Derick soltando a voz]

[Baixista e batera! o batera é primo do Dolabella! hsauhsuahush zueiraa]

[Derick Green]

[e pra fechar Andréas Kisser! splino lindoooo]

domingo, 27 de abril de 2008

o que fazemos da nossa Existência??

"O que mais me surpreende na humanidade são os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem anciosamente no futuro. esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer. E morrem como se nunca tivessem vivido." ( Dalai Lama)

POutz, quando vi essas palavras em outro blog, imediatamente as trouxe pro meu!
o quão perfeita e tocante, é essa citação do Dalai!
fiquei perplexa!

O cara manja mesmo, de filosofia!

Portanto, pensem bem meus caros...no que vc's estão fazendo de suas vidas...será q está valendo a pena?!
todo o desgaste feito, no dia-a-dia, em prol de que? para o q?!
ressignifiquem suas existências se possível!!
pq a experiência da vida é uma só! e devemos aproveitá-la ao máximo!
Vivam mais intensamente o presente [claro q sem esquecer, de fazer "um pé de meia" pro futuro], pq a existência é inconstante e angustiante! não dá pra pensar somente no futuro e abdicar do presente!

é só!
:D

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mensagem para refletir....

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, e a ter vergonha de ser honesto."

Rui Barbosa

sábado, 22 de dezembro de 2007

Duas Caras(resumo da semana)

Ao assistir a novela do horário nobre da globo, percebo o quão manipuladora e vil essa emissora é...e fico profundamente irritada, com as insinuações e falas dos personagens, quando o foco do assunto é a universidade pública/privada, bem como a diminuição e depredação do Movimento Estudantil...
Na dita "Universidade Pessoa de Morais", as decisões são tomadas da pior forma possível nada democrática...a dona, uma mulher fútil, que passa o ano viajando à Paris, passa o dia todo em casa lendo revistas "Caras" e outras mais, cujo o conteúdo é mínimo.... e é arrogante bagarai...bate sempre de frente com tudo e com todos...e por isso recebe o apelido de dama de titânio...todos encaram suas atitudes da forma mais medíocre possível, a idolatram como se fosse deus e suas idéias, são sempre abraçadas, pq afinal ela é um exemplo de mulher de fibra...
os estudantes fazem a ocupação mais ridícula q existe, entram na universidade, destruindo tudo que vêem pela frente, como se fossem loucos...realmente uma pouca vergonha.

O cúmulo dessa semana, foi quando uma mãe (Letícia Spiller, outra sociality fútil), travou um diálogo com sua filha (Ramona), dissuadindo-a de cursar uma universidade pública, pois a mesma, só anda em greve....suas instalações são precárias....e as pessoas q entram levam 10 anos pra se formarem!!! (meu deus eu fico puta com isso!!)
Como pode a burguesia, enfiar suas verdades guela abaixo e a gente achar lindo, apoiar, dar audiência(falo pq, eu dô todas as vezes q me sento pra ver essa bendita novela, tem nada na tv e a cabo, nem sonhando)

Então meu povo, desejo sinceramente, que ao sentarem na frente da tv e ao apreciar uma novela, seja ela de que emissora for, tentem enxergar o que há nas entre-linhas, que mensagem eles querem incutir em nós...reflitam, critiquem e se possível desliguem a tv...ou mudem de canal, não dê audiência a esses abutres burgueses!

Q venham os próximos capítulos...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

In the end?....

Bom, é chegado o momento, o encerramento da diciplina, do semestre!! ai graças a Deus! não vejo a hora de isso acontecer(admito). Acredito que já fiz o meu posdível e o meu impossível nesta disciplina. Agora é só colher os louros? Quem sabe a dúvida paira no ar, já que nossa avaliação será processada nesse fim de semana, segunda virá a resposta. "Encerro-a" como uma sensação de "quase" dever cumprido, se não fosse o fato de não conseguir efetivar uma atividade exigida e trabalha a exaustão, mas que não foi.... :/
coloco o encerro-a entre aspas, porque sabemos, que esse meio virtual é incessante, e que rotineiramente estaremos nas discussões e notícias dessa disciplina, por isso apenas encerro um ciclo.(quanta preensão a minha, ainda não recebi o resultado e já estou em tom de despedida)
É isso, espero ser aprovada, nessa disciplina nova e estarrecedora.
;)

sábado, 24 de novembro de 2007

Artigo de Tecnologias Contemporâneas

A dinâmica de utilização e veiculação do livro didático[1]

Gláucia Silva do Nascimento[2]

Resumo: O artigo em questão visa explanar e problematizar de forma dialética a utilização e a veiculação do livro didático, recurso tão antigo e ao mesmo tempo tão atual na prática educacional. No momento em que a educação entra em crise e não mais os meios tradicionais conseguem dar conta da formação do educando é que esse tema entra em voga e ganha fortes especulações quanto a sua utilização, e quanto a sua eficácia. Logo sua eficiência é colocada em questão.

Palavras chaves: Livro didático, professor, aluno, ensino - aprendizagem, ideologia, conteúdo.

Introdução
Um dos temas de maior abrangência e alvo de pesquisas na área de educação dos últimos tempos é o conteúdo do livro didático, visto que este recurso adquire, no cenário educacional, um papel de extrema significância, pois se torna o regente das atividades cotidianas, durante as relações de ensino aprendizagem. Fazendo uma análise política e histórica sobre a educação básica no Brasil, notamos uma constante fragilidade e ineficiência, presente na mesma, uma vez que estamos em pleno século XXI e não conseguimos erradicar o fenômeno do analfabetismo. Logo se questiona: como está sendo tratada a educação básica deste país? Onde estão as falhas que persistem na área da educação e que teimam em não serem extirpadas? Assim, é nesse contexto conflituoso que emerge a necessidade de se compreender o conteúdo do livro didático, este que não deveria ser, mas acabou se tornando autoridade máxima e critério absoluto de verdade na relação entre educadores e educandos. Portanto, uma análise crítica se faz necessária para entender a dinâmica da utilização e veiculação desse material, tão presente no processo educativo. Ressalte-se que será enfocado nas linhas que se seguem o livro didático das séries iniciais do ensino fundamental de uma forma generalizada buscando trazer uma visão geral sobre o que esse material procura veicular.

Duas bases de análise e crítica do conteúdo do livro-didático
A análise do livro-didático requer detalhada compreensão de suas bases, ou seja, antes mesmo de sua confecção o livro é pensado minuciosamente e moldado a partir de uma concepção. Para tanto existem duas correntes que se propõem a investigar o conteúdo deste material:
“os preocupados em analisar a fundamentação pedagógica, psicológica, lingüística e semiológica dos textos e os preocupados em revelar os valores, preconceitos e concepções ideológicas contidas no livro didático.” (Freitag, 1997, p.78)
A primeira corrente critica os conteúdos do livro didático sob a ótica científica, diagnosticando esse material como muito ultrapassado, não correspondendo a relação espaço-temporal, a qual estamos inseridos atualmente. Destaque-se que os livros produzidos no Brasil seguem a fundamentação psicológica do behaviorismo, abordagem que se pauta nos estímulos-respostas, durante o processo educativo. Essa abordagem alicerça-se no comportamentalismo, que toma por base o julgamento de que os comportamentos são previsíveis e comuns a todos, situando assim os professores numa tendência a homogeneizar o seu ambiente educativo, característica errônea, pois todo e qualquer público alvo do fenômeno educativo tem por tendência essencial a heterogeneidade. Porém, existem atualmente alguns estudos que procuram fazer o movimento contrário a essa concepção, uma vez que adotam a abordagem cognitivista, que toma por base os estudos piagetianos. Esses estudos procuram relacionar o material didático utilizado na educação ao estágio de desenvolvimento psicogenético, atingindo as diferentes etapas de escolarização. Porém, indaga-se se este modelo não seria um tanto quanto utópico, pois dificilmente um sistema educacional se propõe a criar diversos materiais didáticos, a fim de abarcar as diferentes fases de desenvolvimento do discente, uma vez que esta mudança implicaria em mais gastos e o governo preza por uma política de redução de gastos, mas com eficiência.
A segunda corrente em questão busca identificar, por meio de análises e pesquisas, o teor ideológico contido nos livros-didáticos e certos temas específicos e significantes, como “imagem da mulher”, “concepção de escola”, “os índios”, “os negros”, enfim, temas que são apresentados nos materiais didáticos por meio de uma visão estereotipada e preconceituosa, aquém da realidade do discente. Essas características se mostram presentes principalmente nos textos de leitura.
“O objeto real da ideologia subjacente aos textos é o de criar um mundo relativamente coerente, justo e belo, no nível da imaginação, com a função de mascarar um mundo real, que, contraditório e injusto, é necessário para os interesses da classe hegemônica, características constantes desse mundo imaginário são a estereotipação e a idealização(...)” (Deiró, 2005, p.195).
Assim, ao pesquisar e investigar o conteúdo do material didático utilizado nas escolas, percebemos que o seu caráter ideológico é intrigante, pois nos são incutidos desde cedo valores que nos formarão, principalmente para sermos cidadão passivos, inertes e imparciais quanto a importância do nosso papel, para as futuras transformações sociais.

O livro didático e seus agentes (educador- educando)

Na década de 80, os livros didáticos brasileiros incorporam, a partir das então Políticas Públicas instituídas, uma função interessante, a de
“veicular a política governamental [desse material] com a criança carente (...) de recurso ou oriunda das classes populares e baixa renda.” (Freitag, 1997, p.15- 19)
A partir desta definição, surge uma indagação: será que o principal alvo dessa política, o aluno, está sendo realmente representado na confecção desses materiais? Obviamente sabemos que a resposta é não. O aluno utiliza o livro didático de forma autômata, pois não compreende muitas das coisas que lhes são apresentadas, e lhe é exigido, constantemente, aprender parcialmente todos os conteúdos pré-dispostos nos livros, fazendo da tarefa educativa um exercício doloroso, desmotivante e acrítico. Então, a culpa seria dos professores? Ao tomarem por instrumento essencial no seu trabalho cotidiano o livro didático, o utilizam de forma bitolada, não procurando transcender, em comunhão com seus alunos, os conteúdos neles apresentados, aceitando e repassando o que ali é imposto? São questões que inevitavelmente, arrebatam nossos pensamentos, na tentativa de solucionar os problemas educacionais. Um dos principais agravantes desta problemática é o fato de o nosso currículo educacional ser muito prolixo e, portanto, massante, o que torna a educação desmotivante e insignificante (como exemplo temos as evasões escolares). Como existe uma gama de conhecimentos e conteúdos a serem adquiridos num certo espaço de tempo, o professor se torna um escravo do currículo, quase nunca tendo tempo para realizar as atividades que planeja executar anualmente. É notório ainda destacar que a partir do momento que a confecção dos livros-didáticos se alia à iniciativa econômica, a qualidade do mesmo decai, profundamente, e não mais satisfaz as necessidades dos seus principais usuários (professor- alunos), visto que ele é confeccionado agora, almejando atender as necessidades do mercado, incorporando um maior valor de troca do que de uso, os tornando descartáveis. (ressalte-se que o governo, através do PNLD, no ano de 2007, desembolsou R$ 620 milhões para a compra dos livros didáticos a serem distribuídos por todo território nacional). Logo, uma revisão e uma possível reorientação se fazem necessárias durante a confecção desse material, que se tornou mola-mestra do trabalho realizado pelo educador. Este, por sua vez, tem que ousar e procurar novos meios de construção do conhecimento, tentando se desvincular desta visão unidimensionalista, onde ele (professor) é o agente central do processo educativo, e passar a pensar no processo de ensino- aprendizagem, de forma multifocal, onde cada indivíduo, em sua singularidade, deve produzir e veicular o conhecimento adquirido.

Como é feita a escolha do livro didático?
Nas linhas antecedentes situamos o conteúdo do livro - didático, bem como o teor de sua qualidade. Agora será elucidado outro aspecto, o de como se dá a escolha desse material, visto que o mesmo é uma obra literária bastante difundida e propagada na formação de muitas pessoas.
“Para que um livro seja adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e distribuído nas escolas públicas, é feita uma avaliação pedagógica pela Secretaria de Educação. Esse processo consiste em uma análise ampla e criteriosa dos aspectos didático-pedagógicos e metodológicos da obra. Um dos programas governamentais de adoção de livros para as escolas públicas é o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), baseado nos princípios da livre participação das editoras privadas e da livre escolha por parte dos professores.” (site, IBEP)
Ao confrontar a colocação acima com os fatos observáveis, podemos chegar as seguintes conclusões: a teoria não condiz com a prática, pois muitos professores não possuem o hábito da leitura, fator essencial para a escolha criteriosa e aplicada de um livro, o que dificulta e faz com que o mesmo se isente de participar dessas escolhas. Os professores apoiando-se em terceiros ou nos critérios estabelecidos pelas editoras (no caso das instituições privadas), levarão em conta o fator econômico, importante nesta relação de consumo, visto que muitas editoras realizam promoções, visando envolver o educador, que muitas vezes sucumbe a tais apelos.
Um segundo aspecto contraditório, é justamente o fato de que os professores que se reúnem para fazer as escolhas dos materiais que utilizarão, não conseguem ser ouvidos (essencialmente os da rede pública) e são obrigados a acatar o que o governo ou as Secretarias Estaduais decidem em conjunto.
Portanto, a lógica de que os professores podem optar pelo livro que pretendem usar e encaminhar seus pedidos ao MEC, na certeza de que serão agraciados é, no mínimo, ilusória.
O livro didático: de vilão a mocinho
Nos tópicos anteriores foram explanadas algumas nuanças do livro didático e o mesmo foi sendo colocado como principal vilão da educação por diversos motivos. Agora será ressaltada a ótica progressista e dinâmica, deste material.
Existem, em nível regional, projetos que lidam com esse material e fazem “bom uso” do mesmo. A exemplo, existe o projeto “Salas de Leitura”, que a partir de 1.984 tornou-se um programa oficializado pela FAE (Fundo de Assistência Estudantil) . Este Programa permite a dinamização do uso do livro, uma vez que, eles circulam pelas salas, como unidades móveis. Esse material abarca desde a literatura infantil até a mundial. Essa dinâmica de estudos permite uma renovação e diversificação constante dos livros que entram em sala de aula.
Projetos idealizados e oficializados, como este, se fazem necessários, principalmente porque as bibliotecas das instituições de ensino, lócus por excelência de concentração desse material, praticamente não existem, seja pela falta de estrutura seja pela falta de procura.
Então, para que a biblioteca não fique tão isolada, a mercê das mazelas do tempo ou da vontade dos alunos, a mesma se locomove, saindo à procura de seus membros proporcionando assim, por meio dessa circulação, uma renovação dos materiais contidos nela, deixando de ser virtual e passando a ser atual, sendo esse o principal foco dos projetos Sala de Leitura, desenvolvidos atualmente por várias instituições do Brasil.


Considerações finais
Entender a dinâmica que envolve o processo de ensino-aprendizagem, compreende diversas nuanças, dentre elas o conteúdo do livro didático, visto que ao longo do tempo este recurso tornou-se insubstituível e referência das práticas educacionais. Porém, o mesmo precisa de uma renovação, uma reestruturação, pois as mudanças que ocorrem mundialmente, a nível histórico, político, social e cultural não se fazem presente na confecção do livro didático, pois passadas gerações só mudam suas formas de exibição e nunca o seu conteúdo. Para tanto, diversas mudanças se fazem necessárias, desde a formação crítica para o uso desse material, até uma formação continuada do profissional, permeada por uma reflexão que vise incorporar um maior valor de uso do que de troca, do livro didático. Enfim, entender a problemática do livro didático no Brasil transcende a questão educacional, abarcando outras estruturas sociais tais como o Estado, a indústria cultural e o mercado.






Referências Bibliográficas

FREITAG, Bárbara; MOTTA, Valéria Rodrigues; DA COSTA, Wanderly Ferreira. O livro didático em questão. —3. Ed.—São Paulo: Cortez, 1997.

IBEP (Companhia Editora Nacional). Livro Didático: cuide bem desse amigo! Disponível em <http://www.eaprender.com.br/1307 >, acessado em 10/11/07.

DEIRÓ, Maria de Lurdes Chagas. As belas mentiras: a ideologia subjacente aos textos didáticos. São Paulo, Cortez/ Moraes, 1979.







[1] Trabalho apresentado como requisito para avaliação da disciplina Tecnologias Contemporâneas do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Bahia / Faculdade de Educação, sob orientação da professora Dr. Maria Helena Bonilla


[2] Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia – Faculdade de Educação.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Continuando....

Hoje tivemos a seqüência de apresentações, dos seminários previstos! Rádio e tv!
dois meios de comunicação intimamente ligados! e que possuem um forte poder de persuasão e influência sobre milhares de pessoas!
A TV, é um meio inquestionável de comunicação em massa, toda poderosa, ela faz parte de nossas vidas de forma tão magistral q não conseguimos passar alguns minutos sem estar de ligado nela, há muitos que dizem ser ela a atual educadora das crianças. Por causa dela, o diálogo foi extinto entre as famílias!! é uma verdadeira vilã não?! Mas como resistir a esse mundo que explora, os nossos sentidos de forma extrema seja por meio das imagens ou dos sons?! como resistir e não sucumbir a ela?! (eu sinceramente não sei, quantas vezes tenho q estudar, tenho q ler algum texto e não consigo me desvincular dela!! tamanha a força que ela exerce sobre mim!)
Realmente a tv nos torna passivos, e acríticos, pois alí recebemos "todas" as informações necessárias para nos situarmos nos acontecimentos cotidianos! e se cansar de um canal muda por outro, ou seja, está tudo alí ao alcance de nossas mãos!
Mas é importante que pensemos diferente, q façamos o esforço de fazer o movimento contrário!! de abandoná-la pelo menos temporáriamente, ou seja torná-la menos importante em nossas vidas! Está chegando a TV digital! e o que dizer desta?!
seria um modelo de tv, que porporcionaria a interação entre os telespectadores, poderíamos intervir na programação! Mas pq estou falando no futuro do pretérito?!(seria poderia?) simples porque não será!
o nosso governo por obra e graça da manipulação ideológica que precisa manter sobre nós! não criou o seu próprio modelo de tv digital!(quer dizer criar até criou, mas por influência política a proposta foi barrada) e por conseguinte adotamos assim a proposta japonesa de tv digital!
Ela é inferior?! não sei. Mas isso o futuro dirá! e viva as novas tecnologias, cada vez mais presente em nossas vidas!

E o rádio o que dizer deste outro meio tão esquecido atualmente?
não esqueçamos q o rádio foi a tv de 50 anos atrás!se não mais!! era também febre de momento! mas como diria o Nelson Nedd "mas tudo passa, tudo passaaaaaaa"(rs*rs*rs*)
Mas eu não abdico dele! tenho sempre um radinho na minha bolsa, e sempre sintonizada nas melhores rádios! sou fãnzaça da Transaméricaaa!!
merchandising à parte, eu curto muito rádio, justamente por ser um meio que além de mexer com o nossos sentidos, mexe tb com nossa imaginação!
alí vc faz imagens hipotéticas e deduz quem é aquele locutor q está do outro lado fazendo a nossa alegria diariamente!!
aiiiii adoooooooro!!! pode crê q esse é o outro meio que ocupa o meu precioso tempo! além da tv e do pc é claro!!

Então é só, me estendi demais! Mas é que essas duas mídias se fazem tão presentes no meu cotidiano, q os temas fluem de forma assustadora!
Afinal são outros meios de aprendizagem tb!
fuizz